ESGRIMA NO PAN – De volta ao pódio: Brasil derrota o Chile e fatura bronze por equipes no florete masculino

Foi a quarta medalha consecutiva na arma por equipes na história dos Jogos Pan e a quarta da modalidade em Santiago; Sabre feminino fica em 5º lugar

Paulo Rocha – Fato&Ação Comunicação

Assessoria de Imprensa da CBE

A esgrima brasileira voltou, nesta sexta-feira (3), a subir ao pódio nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Após vencer o Chile por 45-36, a equipe masculina de florete, formada por Guilherme Toldo, Henrique Marques, Pedro Marostega e Alexandre Camargo, faturou a medalha de bronze. Já o time de sabre feminino ficou perto de ter o mesmo sucesso, terminando sua competição em 5º lugar.

Foi a quarta vez consecutiva que o time masculino verde-amarelo do florete medalhou em Jogos Pan. Em 2011, ganhara bronze; em 2015 e 2019, prata. Na atual edição, foi a quarta medalha da esgrima brasileira, que também levou bronze, no individual, na espada masculino (Alexandre Camargo) e no florete masculino e feminino (Guilherme Toldo e Mariana Pistoia).

Já Guilherme Toldo se tornou o maior medalhista da história da esgrima brasileira em Jogos Pan-Americanos, com seis medalhas conquistadas. Ele superou Arthur Cramer, que subira ao pódio cinco vezes. Toldo foi bronze por equipes em 2011 e 2023; prata por equipes em 2015 e 2019; e bronze no individual em 2011 e 2023. Ou seja, festa brasileira em dobro nas pistas de Santiago do Chile.

“Fico feliz com esse recorde, mas nunca treinei pensando nisso. Contudo, como a maioria dessas medalhas foram por equipes, fico satisfeito por poder dividir essa conquista com meus companheiros”, disse Toldo sobre o seu recorde.

Caminhada 

O Brasil iniciou sua participação no quadro de 8 do florete masculino com uma vitória de 45-34 sobre o México. Na fase semifinal, realizou um duelo equilibrado e de altíssimo nível (decidido somente nos últimos combates) com a forte equipe canadense, no qual acabou derrotado por 41-45. O resultado encaminhou o time brasileiro para a disputa da medalha de bronze, na qual teria como adversário o Chile – apoiado pela torcida local.

Mesmo numa atmosfera adversa, contra um adversário que jogava com a plateia a seu favor, o Brasil não se intimidou. Pedro Marostega abriu os trabalhos atuando muito bem, e colocou o Brasil na frente do placar. Em seguida, Guilherme Toldo conseguiu manter a vantagem.

Henrique Marques foi o terceiro a entrar na pista, para enfrentar Leopoldo, um dos irmãos Alarcón. O chileno foi muito agressivo e deu trabalho ao brasileiro. Henrique, contudo, fez sua parte: após o terceiro combate, 15-10 para o Brasil. Mostrando excelente trabalho de deslocamento e defesa, combinado com boa estratégia de ataque, os floretistas brasileiros conseguiam manter o time à frente no placar, apesar das dificuldades impostas pelos chilenos.

No quinto encontro, entre Henrique Marques e Gustavo Alarcón, o Chile chegou a empatar, mas o brasileiro teve calma a eficiência para retomar a frente do placar para o Brasil, por dois pontos, num jogo emocionante.

Guilherme Toldo voltou a entrar em ação, contra Leopoldo Alarcón – que fora seu algoz na final do Torneio Satélite da Federação Internacional de Esgrima (FIE) disputado em setembro deste ano, em São Paulo. Mas o brasileiro se deu bem e manteve a vantagem brasileira.

Contra Juvenal Alarcón, Henrique Marques manteve uma boa performance. A seguir, no penúltimo combate, Pedro Marostega teve uma pedreira diante de Leopoldo Alarcón, mas fechou o duelo deixando o Brasil com 40 a 35 no placar.

No último encontro, Guilherme Toldo enfrentou Gustavo Alarcón. Mostrando sua categoria de número 33 do ranking mundial da arma, Toldo fechou a disputa em 45-36, garantiu a medalha de bronze ao Brasil e gravou seu nome na História.

Merecedores

Após a conquista da medalha de bronze, os integrantes da equipe brasileira falaram sobre o sentimento de dever cumprido e também das dificuldades encontradas na disputa da competição.

“Viemos aqui para ganhar medalha. Depois do combate com o Canadá, foi importante apagar a frustração de não termos vencido e focar no Chile. Nossa estratégia deu certo e conseguimos o objetivo”, disse Henrique Marques.

Um dos destaques da vitória sobre os chilenos, Pedro Marostega era só alegria após ajudar a equipe a garantir a medalha jogando contra um adversário que estava em casa, competindo com o apoio da torcida: “Sabíamos que era difícil enfrentar os chilenos jogando na casa deles. Eles tinham nos surpreendido no Campeonato Pan-Americano; agora, os vencemos. Estivemos focados desde o início, fizemos um grande jogo”.

Reserva da equipe de florete e medalhista individual na espada em Santiago, Alexandre Camargo conquistou seu segundo bronze nesta edição de Jogos Pan.  Segundo ele, sua presença deu sorte ao time: “Fico feliz por ver o desempenho deles. Acho que dou sorte, pois em 2019, em Lima, no Peru, também fui reserva do florete nos Jogos Pan e ganhamos medalha. Sentir a energia dessa equipe tão forte é muito importante”.

“Fiquei muito contente com o resultado final. Contra o Canadá, foi uma pena, pois não conseguimos obter o resultados que queríamos. Mas vencer o Chile nos mostrou que evoluímos como equipe, pois havíamos perdido deles no Campeonato Pan-Americano. Essa medalha de bronze é uma recompensa pela nossa insistência”, concluiu Guilherme Toldo, o astro da equipe.

Sabre feminino

O time feminino de sabre do Brasil realizou uma boa campanha nos Jogos Pan, mesmo sem ter conquistado medalha. Após ter estreado no quadro de 8 com uma derrota de 39-45 para a Argentina, obteve a reabilitação.

Na disputa do 5º ao 8º oitavo lugar, Pietra Chierighini, Karina Trois, Luana Pekelman e Carolina Brecheret venceram primeiramente as chilenas, donas da casa, por 45-29. Na sequência, bateram as venezuelanas por 45-33, terminando a competição em 5º lugar e mostrando a evolução da arma.

Encerramento

Neste sábado (4), último dia da disputa da esgrima nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-CHI, o Brasil terá em pista as equipes de espada feminino e de sabre masculino. A primeira, formada por Nathalie Moellhausen, Victoria Vizeu, Amanda Netto Simeão e Bia Bulcão; a segunda, por Henrique Garrigós, Enrico Pezzi, Fabio Salles e Pedro Marostega.

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)
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