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Superando fortes adversárias e cãibras, a floretista triunfou no Torneio Pré-Olímpico das Américas, na Costa Rica

Floretista Mariana Pistoia é a terceira brasileira garantida nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Régis Trois

Henrique Porto – Fato&Ação Comunicação

Assessoria de Imprensa da CBE

Guilherme Toldo e Nathalie Moellhausen ganharam companhia nos Jogos Olímpicos de Paris. Neste sábado (6), a floretista Mariana Pistoia venceu com muitas cãibras e raça o Torneio Pré-Olímpico das Américas, na Costa Rica, carimbando o seu passaporte para a França. Outros brasileiros a competir hoje, Alexandre Camargo caiu na final da espada por um toque, enquanto o sabrista Henrique Garrigós parou no quadro de 8.

Na competição de florete, Mariana Pistoia avançou da pule com três vitórias em seis jogos. O desempenho a deixou em um chaveamento mais complicado na etapa eliminatória, principalmente por precisar encarar a cabeça de chave número um, a jamaicana Yasmin Campbell, antes da hora. Isso após despachar a porto-riquenha Gabriela Padua no quadro de 16, por 15 a 11, em jogo disputado.

Na sequência, o encontro com Campbell ocorreu no quadro de 8. E Pistoia ficou atrás do placar até os segundos finais do segundo tempo, quando enfim alcançou a virada por 8 a 7. No tempo final, explorou o nervosismo da adversária e construiu seu triunfo por 15 toques contra 9. Na semifinal, a colombiana Tatiana Prieto esteve à frente apenas no primeiro toque. Depois, só deu Mariana, que entrou no tempo final vencendo por 13 a 5 e administrou a diferença para triunfar em 15 a 8, garantindo uma vaga na decisão.

A final teve contornos dramáticos

A final contra a venezuelana Isis Gimenez começou com um susto. A brasileira sentiu fortes cãibras logo no primeiro lance e o combate precisou ficar parado para seu atendimento. Com dores, optou por uma estratégia mais defensiva, procurando chegar em boas condições ao tempo final. E assim aconteceu.

Com a adrenalina sobrepondo a dor, Pistoia enfim partiu para o jogo e alcançou a igualdade em sete toques quando restavam dois minutos para o encerramento. As esgrimistas tornaram a empatar em nove e dez toques, fechando a parcial empatada em 10 a 10. No desempate, a prioridade foi para Gimenez, porém foi a brasileira quem tocou a adversária.

Após a revisão da vídeo arbitragem, o ponto não foi validado. Mas Pistoia não se deu por vencida e encaixou o décimo primeiro toque no colete da colombiana, fechando o jogo em 11 a 10 e comemorando muito a vaga nos Jogos Olímpicos. “Estou muito feliz com a superação que tive o dia inteiro”, relatou a campeã. “Consegui manter a cabeça focada e acreditar em mim o tempo inteiro”, acrescentou a agora atleta olímpica.

“Foi na superação. Ela jogou com cãibras, dores no dedo, na perna e na panturrilha. Mas passou por cima de tudo isso para alcançar o seu objetivo”, enalteceu o técnico Alexandre Teixeira.

Camargo fica a um toque de Paris

Terceiro melhor ranqueado entre os participantes da prova de espada, Camargo não precisou disputar a desgastante pule. Também avançou direto na primeira etapa eliminatória, entrando na disputa no quadro de 8, quando encarou o argentino Jesus Andres Ruggeri, a quem venceu por 15 a 7.

Na semifinal, teve pela frente o norte-americano Jonas Hansen, o cabeça de chave número dois do evento. E como era esperado, o duelo foi muito equilibrado e com a contagem de toques baixa até o tempo final, que iniciou com 4 a 2 em favor do brasileiro. Foi o momento em que Camargo conseguiu impor o seu jogo, abrindo vantagem de forma gradativa. Restando nove segundos, vencia por 8 a 6, quando o norte-americano foi penalizado por um toque ilegal em sua cabeça. O jogo ficou parado para a recuperação do brasileiro, que depois explorou o desespero de Hansen para triunfar por 13 a 7.

A final contra o canadense Nicholas Zhang teve três tempos distintos. No primeiro, Camargo foi soberano e abriu 4 toques a 2. No segundo, Zhang foi melhor, mas o brasileiro fechou com um toque de vantagem: 8 a 7. O terceiro, então, foi um teste para cardíacos. Camargo liderava quando Zhang alcançou o empate restando três segundos, em um toque que gerou fortes reclamações do brasileiro. Com 14 a 14 no placar, os espadistas foram para a prorrogação, onde o canadense obteve a prioridade. E aproveitou, vencendo por 15 toques contra 14, garantindo a sua vaga olímpica.

Garrigós cai no quadro de 8

O sabrista Henrique passou pela pule com quatro vitórias em cinco jogos, tendo a segunda melhor campanha no geral. O desempenho eliminou a necessidade de disputar o quadro de 16, porém no quadro de 8 mediu forças com o porto-riquenho Rafael Western Reyes, o melhor da pule. O brasileiro lutou o quanto pôde, chegando a reduzir uma desvantagem de seis pontos para três, mas acabou superado em 15 toques contra 10, adiando o sonho olímpico.

Karina Trois busca a vaga neste domingo (7)

Melhor ranqueada entre as quinze esgrimistas do sabre, Karina Trois busca a sua vaga olímpica neste domingo (7), a partir das 9h30 (de Brasília). Tem como concorrentes diretas na disputa pela única vaga em Paris a mexicana Julieta Toledo (68ª), a argentina Maria Belen Maurice (71ª) e a cubana Leidis Maris Mustelier (107ª). A brasileira entrará na competição diretamente na fase eliminatória, sem necessitar disputar a pule.

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)
Atendimento: Nelson Ayresnelson@fatoeacao.com

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