Paris 2024 – Determinada, Carminha Oliveira chega pela segunda vez aos Jogos Paralímpicos sonhando com uma grande participação

Após participação em Tóquio, paranaense quer aproveitar a chance de defender o Brasil mais uma vez
(Foto: Rosele Sanchotene/CBE)

Fato&Ação Comunicação – Assessoria de Imprensa da CBE

Natural de Guaraniaçu, um município situado no Oeste do Paraná, Carminha Oliveira chega empolgada a Paris para participar pela segunda vez de uma edição de Jogos Paralímpicos. Aos 33 anos, mais experiente do que quando esteve em Tóquio-2020, ela sonha em conquistar uma grande participação para deixar seu nome marcado.

Dona de vários títulos brasileiros e medalhista de prata no Regional das Américas de 2018, em Sakatoon, Canadá, Carminha compete pela Associação dos Deficientes Físicos do Paraná-ADFPR e lidera o ranking nacional na espada A. Ela lembra de sua trajetória e como a esgrima entrou em sua vida.

Acessibilidade

“Sou do interior e, em razão de minha deficiência, fui para a cidade grande em busca de acessibilidade. As coisas eram difíceis em relação a saúde, estudo… Em 2015, decidi me mudar para Curitiba”, conta Carminha, que tem uma atrofia na parte inferior da perna direita por causa de uma vacina de poliomielite vencida que tomou quando tinha apenas três anos.

“Minha mãe me diz que a deficiência foi por causa de um lote de vacina de poliomielite vencido. Ou seja, como a vacina não fez o efeito para proteger da doença, fiquei com sequelas da polio”, explica.

Em Curitiba, Carminha teve mais facilidade de acesso a ortopedistas para tratar de seu problema. E também mais oportunidade de estudar, investir em sua educação e cultura. E a esgrima a ajudou neste processo de aperfeiçoamento. “Logo depois que comecei a praticar a esgrima, pude investir em meus estudos e me formei em Serviço Social”, revela Carminha.

Transformação

Indagada sobre se a esgrima mudou sua vida, e se teria a capacidade de mudar a vida das pessoas com deficiência, Carminha Oliveira responde de forma afirmativa. E vai além: “Não somente a esgrima, mas todo esporte é transformador. Ele tem essa função também. Nos faz enxergar novos caminhos, novos horizontes”.

Quando iniciou na prática da esgrima, Carminha não imaginava que poderia ter tanto sucesso, se tornando uma integrante de seleção brasileira, tendo oportunidade de representar o Brasil em competições dentro e fora do país.

“Não imaginava que poderia chegar a esse nível. Na verdade, foi tudo muito rápido. Ingressei na esgrima, obtive bons resultados e logo no ano seguinte fui convocada para integrar a seleção brasileira, na qual estou até hoje. Não imaginava que o esporte pudesse me proporcionar tantas coisas boas, como conhecer diversos países”, confessa.

Carminha não esconde a felicidade de poder participar dos Jogos Parallímpicos numa cidade como Paris, um local mágico, que todos sonham conhecer. Ela revela que estar na competição terá um sabor especial.

“Será muito especial, pois na minha primeira Paralimpíada, em Tóquio, não houve público por causa da pandemia. Os atletas não tiveram acesso à Cerimônia de Abertura, havia muitos protocolos de saúde… Tenho certeza que dessa vez haverá bem mais calor humano”, anseia Carminha Oliveira, cuja trajetória é um exemplo de vida para todos nós.

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)
Atendimento: Nelson Ayres[email protected]

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