Atleta, que teve um angioma medular durante a gravidez, decidiu seguir com a gestação e, hoje, enaltece a filha: “Daria a minha vida mil vezes por ela”

Nelson Ayres e José Augusto Assis – Fato&Ação Comunicação – Assessoria de Imprensa da CBE
Mônica Santos está em Tóquio para disputar a sua segunda Paralimpíada, a partir da próxima terça-feira (24). Porém, a história dela com o esporte paralímpico é bem mais antiga, começou há 18 anos, quando nasceu a sua primeira e única filha, Paolla Silva, que é o seu principal combustível para a competição que está por vir.
Durante a gestação de Paolla, Mônica teve um angioma medular no seu segundo mês. Os médicos deram a opção de interromper a gravidez e fazer a cirurgia de retirada do tumor, mas, para Mônica, essa escolha não era nem cogitada. Ela queria ser mãe e decidiu manter o bebê mesmo com o risco que isso poderia trazer. Para a esgrimista, foi a escolha mais acertada que fez.
“A minha filha é um presente que Deus me deu para eu ver qual é o verdadeiro sentido da vida. Eu daria a minha vida mil vezes por ela. Eu sou cadeirante por escolha”, declarou a atleta, que ficou paraplégica após o nascimento da filha.
“Eu decidi manter a gravidez. Logo após o nascimento da Paolla, que está com 18 anos e cheia de saúde, eu fiz a cirurgia, pois eu poderia ficar tetraplégica ou até vir a óbito. Fizemos a cirurgia, não foi possível reverter, mas, com a graça de Deus, eu fiquei só paraplégica”, complementou.
Mônica conta que foi pela filha que ela lutou para se tornar uma cadeirante independente e que por meio da cadeira de rodas ela conheceu o esporte e o mundo.
“Por ter a Paolla, eu queria me tornar independente. Em seis meses de cadeirante, eu já consegui ir para o chão, voltei a dirigir, fazer comida, dar banho na minha filha, então ela foi o meu presente de Deus que me motivou a me tornar totalmente independente, e foi pela cadeira que eu conheci o esporte adaptado e o mundo. Eu sempre falo que aquela garotinha do interior se tornou uma mulher guerreira na cadeira de rodas”, lembrou a esgrimista nascida em Santo Antônio da Patrulha, cidade do interior do Rio Grande do Sul.
A esgrimista explica que teve uma infância muito humilde e que a sua criação foi baseada na fé e no amor. É daí que vem toda a sua força.
“Minha família sempre teve muitos princípios e muita fé. O abraço e o ‘eu te amo’ sempre foram muito presentes na minha vida, assim como a oração no final da noite. Isso sempre foi a minha base e alicerce. Essa força que vem de dentro do coração, de Deus e da minha família”, disse.
Por falar em família, a gaúcha não poderá ter a companhia deles no Japão, mas ela deu um jeito de levá-los com ela para o outro lado do mundo e para a pista.
“Estou levando a filha e o marido tatuados no braço, onde eu estou, eles vão sempre juntos comigo. É só agradecer a Deus quando eu entrar lá, por estar lá. É uma bênção de Deus poder competir, é só gratidão”, agradeceu.
É claro que, para Monica, o objetivo maior em Tóquio é conseguir uma medalha, porém a esgrimista acredita que a maior vitória deste ciclo paralímpico foi o caminho até os Jogos, que foi bastante árduo.
“Acredito muito que a medalha seja a cerejinha do bolo, porque a gente precisa dela, estamos lá representando uma nação, a gente vai dar o melhor naquele momento. Mas o principal foi a trajetória de chegar até ali, pois muitos atletas desistiram não pelo físico, mas sim pelo mental por conta da pandemia, que nos trouxe muitas perdas”, finalizou.
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