Moisés Carvalho está à frente dos treinamentos no clube de Belém (PA) após a morte do fundador Carlos Henrique Ribeiro, em 2020

Moisés Carvalho e os alunos da Grão-Pará. Foto: Arquivo Pessoal.
26 de maio de 2021.
Por: Nelson Ayres e Lucas Pinto – Fato&Ação Comunicação
Fundada em 2018, a Escola de Esgrima Grão-Pará passou por um baque em novembro do ano passado com a morte do mestre e fundador Carlos Henrique Calazans Ribeiro. Localizada em Belém, no Pará, a instituição busca agora voltar ao pleno funcionamento, ampliar seu número de alunos e continuar incentivando o esporte na região Norte do Brasil.
Um dos que conduzem este projeto é o técnico Moisés Carvalho. Apesar de ainda passar pelo processo de adaptação, ele já vê o número de alunos crescendo e planeja disputar competições em setembro. “Não foi um primeiro mês fácil. Agora, já começo a ter uma receptividade maior dos alunos, que ainda estão naquela insegurança tanto pelo vírus quanto pela mudança”, conta Carvalho.
A Confederação Brasileira de Esgrima mostra-se feliz com a iniciativa. “Desde o falecimento do técnico Calazans que a CBE vem buscando uma forma de apoiar a continuidade da esgrima em Belém do Pará. Para tanto, firmou um contrato temporário de prestação de serviços com o Mestre D’Armas Moisés para que ele possa seguir adiante junto aos alunos locais e também formar outros profissionais a fim de manter viva e crescer a esgrima no Norte do Brasil”, ressalta o presidente Ricardo Machado.
Segundo Moisés Carvalho, a ideia é atrair mais praticantes para a Escola Grão-Pará e, consequentemente, para a esgrima. Para ajudar com isso, ele conta que tem um projeto ‘no forno’: a prática de “cross esgrima”, um esporte com metodologias e protocolos próprios para quem não quer aderir à modalidade olímpica de início, mas tem a intenção de praticar exercícios físicos.
Esgrima no Norte
Faz parte dos planos de Carvalho superar o que ele considera um dos maiores desafios em fazer esgrima na Região Norte: o preconceito. “Tanto a Região Norte quanto a Região Nordeste, que é de onde eu venho, sofrem um preconceito muito grande. A gente tem medo de se atrelar a algo novo. E bem ou mal, a esgrima é um esporte que muitos acreditam estar fora da realidade, ser coisa de outro mundo, outra classe social. A gente precisa quebrar esse preconceito inicial”, reforça o técnico.
A viúva do mestre Calazans, Sandra, lembra que nada foi fácil desde o início: “Quando resolvemos fixar moradia em Belém, meu marido resolveu tornar um sonho, realidade: criar uma escola de esgrima. A concretização desse sonho, como tudo que se refere, principalmente ao esporte, não foi fácil. Aqui, a esgrima sempre foi vista como um esporte olímpico belíssimo, mas distante da realidade das pessoas para a prática. Isso, com certeza, é o maior obstáculo para o crescimento do esporte aqui na Região”.
Ainda segundo Sandra Calazans, as dimensões do estado do Pará acabam também atrapalhando: “Com exceção de um pequeno grupo de esgrimistas em cadeira de rodas, não havia a prática dessa modalidade no estado. Além do mais, a grandeza de nosso estado do Pará, torna as distâncias relevantes, o que dificulta o intercâmbio com os centros mais desenvolvidos da esgrima em nosso país. Mas o Calazans não desistiu e, fazendo um trabalho “formiguinha”, foi mostrando a esgrima como um esporte que está ao alcance de quem deseja praticá-lo. Nesse caminho, começou a realizar um trabalho com atletas deficientes auditivos e também autistas”.
Tudo isso é somado, segundo ele, ao fato de não ser um esporte ainda tão popular no país. “Isso existe no Brasil e no Norte e no Nordeste acaba se tornando mais visível”, afirma. Sua intenção, porém, é remar contra a correnteza: “Pegando toda a experiência e bagagem que tenho, estou com o objetivo de tornar a esgrima um esporte que consiga fugir desses pré-conceitos existentes”, finaliza Moisés Carvalho.
Neste primeiro momento, a Grão-Pará não deverá ter representantes nos Torneios Nacionais. A intenção é que a Escola esteja novamente representada a partir de setembro.
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