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Veterano surpreende no sabre e fecha a sua participação no Sul-Americano com cinco ouros individuais; Brasil encerra a competição com 19 ouros, 15 pratas e 26 bronzes

Giacomo Guarnera (esq.) na final contra Fernando Carvalho. Foto: Rosele Sanchotene.

Nelson Ayres e Henrique Porto – Fato&Ação Comunicação – Assessoria de Imprensa da CBE

Tal qual um bom vinho, Giacomo Guarnera foi o grande nome do Campeonato Sul-Americano Infantil e Veterano, competição que encerrou neste sábado (19), na paranaense Curitiba. No alto de seus 60 anos, o esgrimista do Esporte Clube Pinheiros fechou sua participação com cinco medalhas de ouro, uma prata e uma bronze no evento que teve suas provas realizadas no Centro de Esporte e Lazer Dirceu Graeser. E dois desses ouros foram obtidos nas provas de sabre realizadas hoje, arma que não é a especialidade do veterano.

“Foi muito bom porque eu ganhei”, brincou Guarnera. “O sabre exige muito mais rapidez e no começo eu não desligava do tempo do florete e da espada, mas agora o jogo de sabre está entrando na minha cabeça”, analisou o ítalo-brasileiro, que na prova da categoria veterano 60 encarou Olegario Vasconcelos (Sala São Jorge/SP) na decisão. Venceu por 10 a 6 e conquistou a sua primeira medalha em uma competição desta arma. O bronze acabou nas mãos de Paulo Zannin, do Círculo Militar do Paraná.

“Quatro ouros já está bom. Vamos deixar espaço para os outros”, comentou o advogado em tom espirituoso. Mas não cumpriu a sua promessa e foi em busca de novas medalhas. A primeira no sabre para esgrimistas a partir de 50 anos, o veterano 50, quando bateu o seu colega de clube Fernando Carvalho na decisão por apertados 10 a 8. “Quando estávamos empatados em oito, dei um toque de ponta em linha, o que é quase impossível, uma ‘floretada’. Isso desestabilizou o meu adversário”, relatou. Olegario Vasconcelos (São Jorge/SP) e Paulo Zannin (Círculo Militar/PR) foram os medalhistas de bronze na competência.

E Guarnera ainda chegou na semifinal do veterano 40, também no sabre, mas desta vez acabou superado pelo bom jogo de Michel Baker, da Sala São Jorge, por 15 a 6. Fechou a sua participação no evento com uma medalha de bronze e credenciou seu extraordinário desempenho em Curitiba à preparação física. “O meu preparo físico ajudou e isso foi fundamental, primeiro para não se machucar, depois para se divertir e, se possível, ganhar”, analisou.

Na final, Baker atropelou o paraguaio Pablo Hector Aguilar Julio por imponentes 15 a 2. “Se a gente fizer feio, o Mestre Alkas acaba com a gente. Tenho mais medo do meu fundo de pista do que do meio”, brincou se referindo a seu treinador. Sobre a conquista, o esgrimista a descreveu como gratificante, um momento especial em sua carreira. Fernando Carvalho (Pinheiros/SP) fechou a prova na terceira colocação, com Paulo Zannin (Círculo Militar/PR) terminando em quinto.

No florete feminino, Silvia Rothfeld (Paulistano/SP) e Vânia Oliveira (Círculo Militar/SP) monopolizaram as finais. Silvia levou a melhor no veterano 50, triunfando na final por 10 a 4. “A Vania fecha bastante a distância e vem rápido para a frente. Se a gente não tem a tranquilidade de fazer a resposta, colocar a ponta, acaba passando”, ponderou. Suzana Pasternak (Pinheiros/SP) e Bianca Carvalho (União/RS) garimparam o bronze na prova.

No veterano 40, Silvia novamente se impôs e garantiu seu segundo ouro no evento, desta vez vencendo com autoridade, por 15 a 4. Autoridade conquistada depois da épica vitória na semifinal, quando perdia para a paraguaia Maria Antonia Gwynn Ramirez por 14 a 11 e buscou uma improvável virada. “O erro do atleta é pensar no final e não no caminho”, filosofou a campeã.

“Não sou mais uma atleta de alto rendimento, então agora o jogo precisa ser mais mental. Mas eu sabia que tinha esgrima para ganhar e comecei a pensar no toque e não na vitória”, concluiu. Além do ouro de Silvia e da prata de Vânia, o Brasil teve Suzana Pasternak como medalhista de bronze, com Luciana Pelucio (Sala São Jorge/SP) fechando na sexta colocação.

E Silvia quase abocanhou um terceiro ouro, desta vez na prova de sabre feminino, categoria 50 anos. Foi derrotada na final por 10 toques contra 9, de virada, pela esgrimista Patricia Di Cunto, sua colega de clube. “É muito difícil jogar com a Silvia. Ela vem do florete e sabe fazer uma parada muito boa. Vim analisando os jogos dela desde a pule e consegui fazer o estava pensando”, descreveu Patricia. Também do Paulistano, Cynthia Santos faturou a medalha de bronze.

E na final do veterano 40 do sabre feminino, Andrea Chen (Pinheiros/SP) venceu a boliviana Leonor Ribera por 15 a 11. Ofereceu a conquista ao marido e aos filhos esgrimistas, que estavam na torcida. “Eu precisava fazer bonito”, desabafou. “Fiz uma péssima pule, então fiquei rebelde, fiquei brava. Respirei fundo, escutei o meu técnico e pensei na minha filha”, descreveu.

“Na semifinal eu eliminei a minha amiga Luciana Pelucio e como havia tirado ela, me senti na obrigação de ganhar a final”, confessou Andrea. Luciana (Sala São Jorge/SP) que foi medalhista de bronze, assim como Carla Scalabrin (Baldin Esgrima/SP). Patricia Di Cunto fechou esta competição na quinta posição.

Desta maneira, o Brasil acabou sendo o grande campeão do Campeonato Sul-Americano Infantil e Veterano, com suas 19 medalhas de ouro, 15 de prata e 26 de bronze, totalizando 60 presenças no pódio em Curitiba.

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)

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