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Em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+, vamos conhecer a trajetória do empresário paulista, sua dedicação ao esporte e suas metas na esgrima

8 de junho de 2021.

Por: Nelson Ayres e Lucas Pinto – Fato&Ação Comunicação

No mês do orgulho LGBTQIA+, quem estrela o #TôNaPista é o esgrimista Fábio Lemes, eleito recentemente integrante da Comissão de Atletas da CBE. Medalhista de bronze por equipes no Gay Games da França, em 2018, o brasileiro divide sua vida de empresário com a dedicação pelo esporte e a luta por um ambiente mais inclusivo e que respeite a todos, independentemente do gênero.

Reencontro com a esgrima por um grande propósito

Esgrimista desde os 16 anos, Fabio Lemes teve que interromper seus treinamentos no Círculo Militar de São Paulo depois de uma cirurgia no ombro. A volta teve um motivo especial: participar de uma competição que levanta a bandeira do respeito e da igualdade. “Meu retorno foi em 2018. Existe uma Olimpíada LGBTQIA+ chamada Gay Games, que seria na França. A competição seria em agosto, voltei aos treinamentos em fevereiro. E aí, foram seis dias por semana e, no mínimo, cinco horas por dia de treino. Fiquei com a 11ª colocação entre 37 atletas e a medalha de bronze por equipes, junto com um atleta das Filipinas. Desde então, nunca mais parei”.

 

Orgulho

A conquista na França foi mais do que uma simples medalha para Lemes. Foi também uma oportunidade de iniciar ativamente um movimento de inclusão dentro da esgrima. “Para mim, a medalha foi muito simbólica. Não somente por motivos pessoais, mas por representar o Brasil em uma competição muito importante para uma causa social e humanitária. E por trazer esses conceitos novamente para o nosso esporte”, conta o atleta. “No ano que vem, vai ter Gay Games novamente, em Hong Kong. Quero levar mais atletas brasileiros e voltar com o ouro para o Brasil”, completa.

 

Homofobia no esporte

Um dos principais obstáculos para a inclusão não só na esgrima, mas no esporte como um todo, é a homofobia. Fábio Lemes cita o exemplo dos gritos ofensivos em arquibancadas do futebol, agressões graves e “pequenas ofensas do cotidiano”. “Quando uma torcida inteira chama um jogador de viado, bixa, gay, é uma agressão, é homofobia. Em competições, você vê os seus colegas atletas chamando um ao outro de viado. São vários níveis. Na própria esgrima, já escutei comentários dizendo que florete era ‘arma de viado”, destaca. “A gente ainda tem muitos desafios para conquistar contra a homofobia e o machismo dentro e fora do esporte. Com certeza, faço frente a todas essas causas. Por isso, é importante essa parte de conscientização. Fazer entender que todo mundo merece respeito. O esporte tem que ser um lugar seguro, que respeite todo mundo acima de qualquer coisa”, reforça o esgrimista.

 

Inclusão para além da causa LGBTQIA+

A luta por inclusão protagonizada por Lemes, porém, não acontece somente por sua causa. É ele um dos que tocam um projeto que pretende incluir a esgrima nas Surdolimpíadas. “No Brasil, temos dois esgrimistas surdos. Fiz amizade com eles, também são homossexuais. E em determinado momento, relataram sua dificuldade em competições. Buscando me informar um pouco mais, descobri que não existe esgrima surda. Estou encabeçando esse outro projeto, em parceria com eles e com as Surdolimpíadas, que o Brasil vai sediar em novembro. A gente está tentando viabilizar a autorização para que a esgrima seja apresentada e, nos próximos jogos, que ela se torne um evento oficial. Estou correndo com advogados, pedagogos, técnicos para viabilizar esse projeto”, conta o empresário.

Futuro no esporte

Empresário no ramo de importações, o esgrimista também quer seguir superando fronteiras nas pistas mundo afora. 61º colocado no ranking brasileiro e 589º no mundo, ele se orgulha de sua dedicação e de suas conquistas. Ao todo, são sete medalhas nacionais e internacionais. “Quero fazer parte da Seleção pré-veterana, daqui a cinco anos”, projeta Fábio Lemes. Mas suas metas vão além. “Meu maior objetivo no esporte é ser o estopim para mudanças na inclusão da comunidade LGBT. E fazer voz para as pessoas que não têm, que não têm coragem de reivindicar seus direitos, igualdade social”, finaliza o esgrimista.

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)

Atendimento: Nelson Ayres – nelson@fatoeacao.com

Equipe Fato&Ação de assessoria de imprensa e clipagem: Claudia Mendes, Nelson Ayres, Lucas Pinto e Beatriz Ayres

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