Pan-Americano no Rio: atletas destacam vantagens de competir em casa

Victoria Vizeu na Copa do Mundo de espada em Marrakech

Victoria Vizeu gosta da ideia de jogar em casa por ter a torcida a favor e a família por perto (Foto: Divulgação/CBE)

Fatores como adaptação ao fuso, alimentação e suporte emocional são diferenciais para os brasileiros

Por Maria Beatriz Comunello

Competições internacionais costumam colocar os atletas à prova para além do desempenho técnico e físico. A adaptação ao fuso horário, a mudança na alimentação e o desgaste das longas viagens frequentemente interferem na preparação e na performance. Mas, desta vez, o cenário é diferente para a equipe brasileira: o Pan-Americano de Esgrima de 2025 será disputado em casa.

De 24 a 29 de junho, a Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, será palco do torneio, que pontua para o ranking mundial e marca o início do novo ciclo olímpico. A realização da competição no Brasil representa uma vantagem para os atletas nacionais, que ganham em logística, bem-estar físico e estabilidade emocional.

“Competir no Brasil elimina a necessidade de viagens tão longas, com voos de 12 ou 13 horas e com fusos que chegam a cinco horas de diferença, o que sempre demanda um período de adaptação. Aqui, mantemos nossa rotina, alimentação e clima habituais”, explica Henrique Garrigós, atleta do sabre masculino e atual campeão brasileiro na arma, que destaca ainda o papel do país como anfitrião: “é a chance de mostrar aos outros atletas quem somos de verdade e deixar que eles conheçam a beleza do nosso país”.

Além do aspecto físico, a proximidade da torcida e a chance de competir diante da família também influenciam. “Jogar em casa tem o carinho dos amigos, da família que vai assistir… então, para mim, é sempre um ambiente muito bom de estar. Estou muito animada para competir aqui. É também uma chance de mostrar um pouco do nosso país como organizador de eventos”, comenta Victoria Vizeu, da espada feminina.

A familiaridade e o conforto proporcionados pelo evento no país são ressaltados por Guilherme Toldo, atleta do Grêmio Náutico União e atual campeão brasileiro no florete masculino. Com quatro edições olímpicas no currículo (Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024) , ele reconhece a vantagem competitiva de atuar no país.

“É bem legal porque é no Brasil, e isso faz toda a diferença. Acho que jogar em casa sempre me favoreceu. Eu me sinto bem à vontade nas provas nacionais e internacionais realizadas aqui. Joguei um Sul-Americano quando era juvenil e também os Jogos Olímpicos no Brasil. Sempre me senti bem à vontade. A atmosfera, o ambiente, tudo isso faz eu me sentir à vontade”, destaca o atleta.

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