Aos 37 anos, Marina Tello faz valer a experiência e conquista seu primeiro título nacional na espada feminina

Atleta derrotou Renata Zettermann em um confronto acirrado e cheio de viradas, que terminou com o placar de 15 a 13

Marina Tello venceu a decisão por 15 a 13.

20 de junho de 2021.

Por: Nelson Ayres e Lucas Pinto – Fato&Ação Comunicação

A última medalha de ouro deste domingo (20) na 1ª Etapa do Circuito Brasileiro Interclubes já tem dona: aos 37 anos, Marina Tello, atleta do Barroca, venceu Renata Zettermann (Paulistano) por 15 a 13 na final e foi a campeã da espada sênior feminina. Após passar da fase de pule com 100% de aproveitamento, Marina protagonizou confrontos acirrados na eliminatória e teve foco para virar na última etapa e vencer a complicada partida do título. A competição foi realizada na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Com seis vitórias em seis jogos na pule, Marina avançou com a terceira melhor campanha do dia e confirmou o aproveitamento ao levar o ouro sem ser derrotada. Mas não teve vida fácil: depois de vencer Oriete Covolan (Academia Mestre Kato) por 15 a 3, na fase de 32, precisou de foco para vencer confrontos complicados. Passou por Bianca Cavalcanti (Magnólia) nas oitavas por 13 a 12, Maria Carolina Guimarães (Magnólia), nas quartas, por 15 a 14 e ganhou da companheira de clube Clara Amaral, finalista no sub-20, por 15 a 10 na semifinal.

No confronto valendo o ouro, teve que manter a mesma toada. Ainda na segunda etapa, Marina vencia Renata Zettermann por 7 a 5, mas tomou a virada e foi para a última etapa perdendo por 12 a 10. Com persistência, tornou a empatar e tomar a frente, fazendo 14 a 12 e confirmando a vitória por 15 a 13. Com viradas também nas oitavas e nas quartas de final, a atleta conseguiu fazer valer sua experiência. “Foram os confrontos mais duros da minha vida, foi muito mental. Foram três combates que virei”, destacou.

O período da pandemia foi duro para a espadista. Ainda em fevereiro de 2020, ela rompeu o ligamento do joelho quando disputava o Estadual, teve que passar por uma cirurgia e só pode voltar a treinar em março deste ano. “Desde lá, voltamos ao jogo. Estou muito feliz, é indescritível”, vibrou Marina. Aos 37 anos, a atleta conquistou seu primeiro título nacional.

“É muito bom, um trabalho muito bem feito ao longo do tempo. Mesmo com essa pandemia e tudo mais, com a lesão no início do ano passado. Fiquei afastada junto com todo mundo e trabalhei muito! Cabeça, cabeça e cabeça, além do físico, na medida do possível. E temos o resultado aí hoje”, comemorou a campeã da espada sênior feminina.

Prata importante para Renata Zettermann

Apesar da derrota na final, o vice-campeonato teve um grande peso para Renata Zettermann. Seu principal desafio foi na semifinal, quando derrotou Amanda Simeão (Curitibano), que era uma das favoritas para vencer a competição. O jogo foi duro e a vitória veio por 15 a 14. “Foi minha melhor competição até hoje. Joguei muito bem, estava muito confiante. Na final, infelizmente não deu, mas estou muito orgulhosa do meu jogo e feliz com meu resultado”, disse a espadista.

Durante a pandemia, mesmo sem competições, os treinamentos foram intensificados. Os treinamentos de alto nível aconteciam em casa com competidores qualificados: seu pai, o ex-atleta e árbitro Regis Trois, e sua irmã, Karina Trois, atleta do sabre. “Mesmo com a pandemia, consegui o melhor resultado da minha vida no adulto. Conseguimos manter os treinos e estamos tendo resultados, independente do cenário”, reforçou a espadista.

Na partida valendo o ouro, segundo ela, o cansaço foi um obstáculo. “Faltou manter meu jogo tático no final, dei uma escorregadinha nisso. Fiquei um pouco cansada, mas acontece. Ela foi melhor que eu hoje, mas amanhã é um novo dia e eu estou bem feliz”, finalizou Renata.

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