Com o foco em Paris, esgrimistas brasileiros competem no Pan-Americano de Lima

Tendo a número 6 do mundo Nathalie Moellhausen como principal estrela, delegação verde e amarela viaja em busca de importantes pontos na corrida olímpica

Nelson Ayres e Henrique Porto – Fato&Ação Comunicação

Assessoria de Imprensa da CBE

Escala importante na caminhada rumo aos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, o Campeonato Pan-Americano é a principal competição de esgrima para os atletas das três Américas. Disputada nas três armas e dois gêneros, individual e por equipes, será realizado na peruana Lima, de 15 a 20 de junho, com seus jogos acontecendo no Velódromo Poliesportivo Videna. Em pista, vinte e quatro brasileiros na busca por importantes pontos, que os deixarão mais próximos de participar do maior evento esportivo do planeta.

“O Pan-Americano é importante porque inicialmente promove uma disputa entre os nossos atletas”, informou Arno Schneider, vice-presidente da CBE. O dirigente lembra que a competição tem o mesmo peso das etapas da Copa do Mundo e do Mundial, porém proporciona aos brasileiros uma oportunidade maior de pontuar. “E quando se termina um Pan-Americano na frente de outro atleta que está disputando uma vaga olímpica, abre-se uma pontuação significativa”, acrescentou.

O principal nome verde e amarelo na competição será Nathalie Moellhausen, número 1 do Brasil e sexta melhor espadista do mundo. Na atual temporada, a atleta do Pinheiros (SP) e venceu dois eventos do circuito internacional: a Taça Cidade de Barcelona (em fevereiro) e o Grand Prix do Catar (em janeiro). Nathalie compete logo na abertura do evento em Lima, na quinta-feira (15).

Terá ao seu lado na prova Victoria Vizeu, que com apenas 19 anos é a segunda colocada no ranking nacional e vem se consolidando entre as atletas adultas nesta temporada. Representando o Paulistano (SP), venceu os Torneios Nacionais de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro. Fechando a equipe brasileira temos Amanda Netto Simeão, do Clube Curitibano (PR), atual número 3 do Brasil e campeã do Torneio de Curitiba; e Marcela Silva, do Pinheiros (SP).

Também no dia 15 ocorre a prova de florete masculino, que colocará em ação Henrique Marques e Lorenzo Mion, atletas do Pinheiros (SP), além de Pedro Marostega e Guilherme Toldo, floretistas do União (RS). Marques vem de uma temporada nacional consistente, chegando ao pódio nos três principais eventos realizados até aqui: foi bronze em Curitiba, prata em Belo Horizonte e ouro no Rio de Janeiro.

Marostega chega embalado após vencer recentemente a competição de Belo Horizonte. Mion teve como melhor resultado na temporada a medalha de bronze na etapa da Copa do Mundo sub-20 realizada em São Paulo. E Toldo conquistou na semana passada o título do Campeonato Italiano por equipes, defendendo o Frascati Scherma.

Outro atleta que vem performando muito bem na temporada nacional é o espadista Alexandre Camargo, da Academia Mestre Kato (PR) e do italiano Roma Fencing. O atual número 1 do Brasil venceu as três principais competições da temporada até aqui, sofrendo apenas uma derrota em dezoito jogos no ano, ocorrida na pule do Torneio do Rio de Janeiro. Terá a seu lado no time brasileiro Richard Grunhauser (Pinheiros/SP), Fabrizio Lazzarotto (Mestre Kato/PR) e Leopodo Gubert (Mestre Kato).

Eles jogam joga no dia 16, assim como as meninas do sabre, competição na qual o Brasil será representado por Pietra Chierighini (Paulistano/SP), Luana Pekelman (Pinheiros/SP), Karina Trois (Paulistano/SP) e Luiza Lee (Paulistano/SP). Trois é a atual número 1 do país, chegando ao pódio nos três principais eventos do ano, vencendo a etapa de Belo Horizonte.

Pietra tem 19 anos, vem de um top 20 no Campeonato Mundial e de um top 5 no Pan-Americano, ambos pela categoria sub-20. No adulto, venceu os torneios do Rio de Janeiro e de Curitiba. Já Luana Pekelman é a atual número 3 do Brasil e vem de pódios nos três principais eventos nacionais da temporada.

O sábado (17) reserva as provas de florete feminino e sabre masculino, fechando as competências individuais. Em pista teremos as quatro primeiras colocadas do ranking nacional, a começar pela número 1, Mariana Pistoia, do Grêmio Náutico União (RS). Ao seu lado em pista estarão Bia Bulcão, do Pinheiros (SP), atual número 2 do Brasil; Carolina Brecheret, do Paulistano (SP), a número três; e Talia Becker Calazans, outra atleta do União (RS), atual quarta colocada no ranking.

No sabre masculino, Bruno Pekelman ponteia o ranking nacional e perdeu apenas um jogo em dezesseis no ano. O atleta do Pinheiros (SP) venceu ainda as etapas de Curitiba e Belo Horizonte do circuito nacional, além de chegar ao pódio no Rio de Janeiro. Jogará ao lado de Henrique Garrigós, do Paulistano (SP), segundo colocado do ranking nacional, apenas dois pontos atrás de Pekelmann.

Fecham o time brasileiro na prova os sabristas Enrico Pezzi, do Pinheiros (SP), número 3 do Brasil; e Fábio Salles, do Paulistano (SP), o número 4. Assim como os demais esgrimistas brasileiros inscritos no evento, eles também competem na prova por equipes, que acontecem nos três dias seguintes, 18 a 20 de junho, encerrando o evento em Lima.

Programação

15 de junho, quinta-feira: espada feminino e florete masculino no individual
16 de junho, sexta-feira: sabre feminino e espada masculina no individual
17 de junho, sábado: florete feminino e sabre masculino no individual
18 de junho, domingo: espada feminino e florete masculino por times
19 de junho, segunda-feira: sabre feminino e espada masculina por times
20 de junho, terça-feira: florete feminino e sabre masculino por times

Classificação Olímpica

No ranking olímpico, cada arma e gênero terá pontuação em cinco Copas do Mundo e três Grand Prix, além dos campeonatos zonais como o Pan-Americano (dentro dos continentes) e o Campeonato Mundial, marcado para o final de julho, em Milão, na Itália. A classificação dos esgrimistas para os Jogos Olímpicos é iniciada pelas equipes. As quatro melhores do ranking olímpico já garantem a vaga em Paris. Após, é feita a classificação de uma equipe por continente, desde que estejam posicionadas entre as 16 melhores do mundo.

Após a classificação das equipes, é a vez da qualificação individual. O melhor atleta de cada continente em seu gênero e arma assegura a vaga. Por fim, é a vez do Pré-Olímpico Continental, que acontece meses antes dos Jogos, já em 2024. No caso, os países que ainda não tiveram um atleta classificado na arma e gênero poderão enviar um atleta para a disputa, onde apenas o campeão carimba o passaporte para a França.

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