Victoria Vizeu e Bruno Pekelman são os dois últimos medalhistas de ouro da Copa Porto Alegre 250 anos

Com apenas 18 anos, Victoria levou o título adulto na espada feminina, enquanto Bruno Pekelman aplicou grandes viradas para ser campeão no sabre masculino

Nelson Ayres e José Augusto Assis – Fato&Ação Comunicação – Assessoria de Imprensa da CBE

Foram quatro dias de muita esgrima na sede do Grêmio Náutico União, mas neste domingo (24) as disputas chegaram ao fim. Após o encerramento do 1º Torneio Cadete 95 anos CBE, foi a vez da Copa Porto Alegre 250 anos se despedir da capital gaúcha. E os últimos campeões da competição adulta foram Victoria Vizeu na espada feminina e Bruno Pekelman – com direito a duas viradas nos jogos finais – no sabre masculino.

A primeira a comemorar o título no último dia de programação da Copa Porto Alegre foi Victoria Vizeu. Na espada, a atleta do Club Athletico Paulistano, de apenas 18 anos, mostrou que, apesar da pouca idade, já está na prateleira das principais atletas brasileiras da modalidade.

Em Porto Alegre, ela fez uma campanha invicta. Nas pules, ela esteve em cinco combates e venceu todos. Nas eliminatórias, ela passou por Pietra Teixeira (Círculo Militar do Paraná) por 15 a 2 no quadro de 32, por Mariana Gondo (Esgrima Para Todos-SP) por 14 a 7 no quadro de 16 e por Laura Mangiaterra (Esporte Clube Pinheiros-SP) no quadro de 8.

Na semifinal, Victoria teve o seu compromisso mais complicado. Diante de Marcela Silva (Pinheiros), o seu triunfo não aconteceu com uma margem tão grande quanto nos seus jogos anteriores: 15 a 11. Na decisão, a adversária foi a colega de clube, Renata Zettermann, em que a jovem de 18 anos saiu com a vitória por 15 a 6 para ficar com o campeonato.

Desde setembro do ano passado, Victoria Vizeu se mudou para a França, onde passou a treinar esgrima. A espadista contou o que essa experiência no exterior auxiliou na busca pelo título da competição nacional.

“O que acrescentou na minha esgrima foi muita disciplina técnica e tática. Estou sempre tentando colocar em pista o que eu sei fazer e estou buscando sempre fazer coisas novas no treino para poder executar depois em competição. Temos de sofrer nos treinos para não sofrermos na competição”, disse a atleta, que já cogita pensar em uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024:

“Eu estou avaliando ainda o que vou fazer, mas estou treinando com tudo, isso é um fato”.

A outra disputa do dia foi no sabre masculino. O campeão Bruno Pekelman só faltou fazer chover em Porto Alegre. Tanto na semifinal quanto na final, o cenário foi o mesmo: Pekelman estava perdendo e o adversário chegou ao 14º ponto no jogo. Em ambas as ocasiões, o esgrimista do Esporte Clube Pinheiros se recuperou, empatou e virou para ficar com o ouro na Copa Porto Alegre.

A primeira virada de Pekelman foi diante do companheiro de equipe, Enrico Pezzi: 15 a 14 na semifinal. O mesmo placar foi colocado no marcador na decisão, em que ele evitou a derrota e virou para cima de Fabio Salles, do Club Athletico Paulistano. Animado com a conquista, Bruno admitiu que agiu no instinto quando se viu próximo de perder o título.

“Quando o adversário chega aos 14 pontos, não tem muito o que pensar, eu fui no instinto. Pensei ‘vou para frente, se der certo, deu’. E, no final, funcionou. Se pensar demais, você acaba vacilando e perdendo”, explicou o campeão do sabre.

“Especificamente hoje foram dois combates, tanto na semi quanto na final, que eu estava muito atrás no placar ao final do primeiro tempo. Quando você está atrás e começa a ir buscando, o atleta que estava em desvantagem vem com uma moral um pouco mais alta, porque você é quem fez mais pontos, você é quem está no domínio do jogo agora. A virada de uma partida no finalzinho vem muito do que aconteceu no primeiro tempo. Então, acho que foi um conjunto de fatores para acontecer isso”, finalizou.

Assim como Victoria na espada, Bruno Pekelman foi campeão invicto. Ele venceu todas as seis partidas na pule e, nas eliminatórias, superou Felipe Medeiros (Lindóia Tênis Clube-RS) por 15 a 4 e Fernando Fachini (Paulistano) por 15 a 11 antes dos jogos em que obteve as viradas.

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